Epicentro do drama europeu, a Espanha já vive o prenúncio de uma crise bancária. De acordo com o novo ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos, os bancos do país precisam de 50 bilhões de euros – o equivalente a R$ 120 bilhões – em provisões adicionais. A informação foi dada por ele em uma entrevista ao jornal britânico The Financial Times. As provisões seriam necessárias para arcar com possíveis prejuízos no mercado imobiliário – que vive sua maior crise de todos os tempos.
Alinhado com o ministro espanhol, o Fundo Monetário Internacional também fez um alerta para a América Latina. Disse que os países da região onde é forte a presença de bancos espanhóis, como o Santander e o BBVA, podem sofrer o contágio da crise europeia por meio da restrição da oferta de crédito. "Se a crise financeira na Europa se agravar, o impacto sobre a estabilidade financeira dos bancos filiais da zona do euro na América Latina pode ser muito maior", disse Nicolas Eyzaguirre, representante do FMI para América Latina e Caribe.
No Brasil, o banco espanhol com maior presença é o Santander, que, na América Latina, iniciou um processo de venda de ativos para capitalizar a matriz espanhola. Recentemente, o Santander também fez uma oferta de ações no Brasil para drenar recursos daqui para a Espanha.
O alerta feito pelo FMI também preocupa a equipe econômica. O ministro Guido Mantega avalia de perto a situação e lamenta que, nos dias atuais, os bancos internacionais, sejam fatores de instabilidade. No passado, em momentos de crise, essas instituições financeiras ajudavam a reabrir linhas de crédito para o País. Hoje, a situação se inverteu.
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