sábado, 19 de novembro de 2011

IPAR 40 anos formando e servindo

Formar uma consciência crítica, dialógica e reflexiva é o papel do Instituto Regional de Pastoral (IPAR).

Em 11 de novembro de 1971 nascia o Instituto Regional de Pastoral (IPAR) na Amazônia, um organismo vinculado ao Regional Norte 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A criação do IPAR insere-se em um momento histórico e desafiador para a igreja católica. O governo, atendendo aos anseios do mercado, cria o plano de integração da Amazônia representada pelos grandes projetos minerais, agropecuários e madeireiros.
Resultado desse modelo para a região é a exploração dos recursos naturais de forma aviltante, desmatamento da floresta, expropriação da terra pelos indígenas, violência, crimes e assassinatos de sindicalistas, indígenas ambientalistas e religiosos.
De 1971 a 2011 a realidade em nada mudou de forma significativa para o amazônida. Violência e assassinatos no campo, ainda hoje são manchetes de jornais, a biodiversidade continua sendo exaurida, grandes projetos, como a hidrelétrica de Belo Monte servem de modelo de desenvolvimento para a região, constituindo a imposição do mercado sem a análise da realidade territorial, social e econômica das comunidades ribeirinhas e indígenas.
Em resposta a esse cenário surgi o IPAR para dar formação aos agentes de pastoral de forma mais regionalizada, para que possam ser multiplicadores e formadores de uma análise crítica da realidade constituída. Essa missão vem atender aos apelos do Concílio Vaticano II e da Conferência de Medellin.
O Instituto Regional de Pastoral tem por objetivo formar agentes que possam contribuir com as pastorais e organismos ligados ao Regional Norte 2 da CNBB.
O IPAR é uma instituição de ensino e pesquisa que oferece uma formação libertadora, crítica e dialógica, proporcionando um conhecimento nas áreas da Sagrada Escritura, Teologia, Moral, História, Ensino Social, Ciências Humanas e Canônicas.
Tais estudos fomentam um exame da realidade, uma orientação para os agentes de pastoral aos conflitos inerentes à sociedade amazônida. Nesse processo de formação os agentes de pastoral apresentam-se mais preparados para atuar pela defesa da vida e atenderem ao chamado de Cristo.

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