quinta-feira, 12 de maio de 2011

Estudantes exigem que UFPA e Uepa unifiquem leituras obrigatórias


Terminou em protesto a sessão especial na Câmara de Belém para debater a possibilidade de unificação das leituras obrigatórias aos vestibulares da Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade do Estado do Pará (UEPA). Ao final da sessão, estudantes colocaram narizes de palhaço e levantaram cartazes no plenário para protestar contra o que consideraram "ausência de uma resposta concreta" por parte das universidades sobre a unificação. Ao término da sessão, mais de duzentos alunos saíram em passeata pela avenida Almirante Barroso, onde fecharam o trânsito por quatro vezes. O protesto reteve o tráfego na avenida durante pouco mais de 40 minutos.
Durante a sessão presidida pelo vereador Alfredo Costa (PT), os estudantes do ensino médio e professores demonstraram preocupação com a extensão dos programas de Literatura de ambas as universidades, que quase não coincidem entre si. Para agravar, a UFPA realizou em abril uma mudança quase que completa em seu programa de leituras obrigatórias. Hoje, a Uepa pede 13 leituras obrigatórias, enquanto a UFPA pede outras 19, o que, segundo os estudantes e professores, torna inviável o estudo em menos de um ano.
A professora Lindomar Câmara observou que, juntas, as universidades cobram 58 assuntos em seus programas e apenas cinco coincidem. "É necessário que haja o casamento entre os programas das duas universidades. Não queremos ser meros repassadores de conhecimento, e sim despertar a paixão pela literatura nos alunos", disse a professora.
A estudante Cindy Ornela, que cursa o convênio em uma instituição privada, questionou o tamanho dos programas de literatura. "Com essa sobrecarga nós somos prejudicados, pois vamos terminar o ano sem aprender de verdade. Se as universidades não puderem realizar a unificação, pedimos pelo menos que repensem a dimensão do conteúdo", defendeu.
Pela UFPA, a pró-reitora de Ensino de Graduação, Marlene Freitas, disse compreender as queixas dos estudantes e reconheceu que o conteúdo de leituras é longo. "Neste momento, não posso tomar nenhuma decisão sobre o assunto, mas vou levar a discussão para a comissão de vestibular da Universidade", prometeu. Delmo Oliveira, diretor de de Acesso e Avaliação dos Processos Seletivos, ligada à pró-reitoria de Graduação da Uepa, descartou mudanças no conteúdo para 2012. "Não fizemos nenhuma mudança no conteúdo este ano e respeitamos o calendário. Portanto, nesse momento, não cabe à Uepa fazer nenhuma alteração", disse.
A estudante Natália Eugênia questionou o resultado da sessão. "Estamos sendo enrolados, porque ninguém decidiu nada. Viemos aqui ouvir tudo o que já sabíamos", desabafou. Emanoela Chaves também não aprovou o resultado. "Eles dizem que não dá mais tempo de fazer mudanças pra esse ano, mas souberam mudar todo o conteúdo em pleno mês de abril", reclamou.
Fonte: http://www.orm.com.br/projetos/oliberal/interna/default.asp?modulo=247&codigo=531816

Um comentário:

  1. A cobrança para alcançar o ensino superior e tanta, os desafios que vários estudantes passam em prol do sucesso, tudo acontecem em meses exaltantes de estudo para chegar ao mercado de trabalho, se as universidades não atrapalhassem os estudantes com problemas como essas talvez provas como da UFPA e UEPA fossem mais agradáveis para quem realmente pretende passar no vestibular.

    http://debateestudantil.blogspot.com/

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