sábado, 12 de janeiro de 2013

Brasil produz feijão com o dobro de ferro, batata-doce com muita vitamina A e arroz com mais zinco




Feijão, batata-doce e arroz estão sendo enriquecidos nutricionalmente para combater a desnutrição. É isso mesmo. Graças a uma técnica desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para a produção de alimentos biofortificados.
 


O que é isso? Alimento transgênico?
Não, não são alimentos transgênicos. De acordo com a Embrapa, a técnica proporciona o melhoramento por meio da seleção das sementes que apresentam características desejáveis de micronutrientes e não usa a manipulação genética.
A pesquisa dos alimentos biofortificados começou há mais ou menos dez anos. Depois de seis anos de trabalho, pesquisadores de 11 Unidades da Embrapa já conseguiram mandiocas e batatas-doces com altos teores de betacaroteno (pró-vitamina A) e arroz, feijão e feijão-caupi com maiores teores de ferro e zinco.
“Nós estamos desenvolvendo cultivos agrícolas com maiores teores de ferro, zinco e pró-vitamina A. Começamos trabalhando com mandioca, feijão e milho. Depois fomos adicionando outros alimentos, como o feijão-caupi (variedade resistente à seca), batata-doce, trigo e abóbora. Estamos buscando alimentos básicos, consumidos em grande quantidade pela população mais carente” – Marilia Nucci, engenheira de alimentos da Embrapa.
Consumo
O foco do projeto é favorecer a Região Nordeste. Testes foram feitos nos estados do Maranhão, de Sergipe e do Piauí, onde também é processada a multiplicação das sementes.
A distribuição das sementes é feita por meio de pedidos diretos, que podem ser feitos por prefeituras ou escolas, podendo ser utilizados nos programas de merenda escolar.
No Brasil já são cerca de 1,2 mil famílias plantando alimentos biofortificados, com expectativa de se chegar a 15 mil nos próximos três anos.
Em 2014, a Embrapa pretende desenvolver um teste de impacto nutricional com a população para medir e comparar os resultados dos alimentos biofortificados e dos convencionais.
O projeto:
  • O feijão teve os teores elevados de 50 gramas para 90 gramas de ferro por quilo;
  • A mandioca, que praticamente não tem betacaroteno, passou para nove microgramas por grama;
  • A batata-doce teve o betacaroteno elevado de 10 microgramas por grama para 115 microgramas por grama;
  • O arroz teve o teor de zinco acrescido de 12 para 18 microgramas por quilo.
Fontes: Embrapa e Agência Brasil
 
 


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